domingo, 1 de dezembro de 2013

Brainstorm de um domingo a noite...

Do casulo ao externo, tudo segue uma trajetória atípica e retilínea.
É atípico porque ser sempre a exceção de uma maldita regra é cansativo...
É belo, porém inquietante. Gosto de pensar em transcendental.
Sempre fui destes que  buscam as essências das coisas. E sim, é maldição e benção enxergá-las, sempre e em todos os momentos.
Há quem repara sua busca pelo centro em pequenos fragmentos cotidianos essencialmente perfeitos.
Sou destes.
O entendimento sobre aquilo que eu deveria buscar começou aos 16 anos na beleza lírica de um amor.
As vezes enxergo os dilemas e a poesia dos meus dezesseis anos em outros adolescentes de dezesseis anos e me sinto tanto em seus olhares e atenções que é quase como se sentisse por eles.
São sentimentos tortos, canções e cartas de amor...
Gostava de chegar em casa nas quartas-feiras a noite e fumar com a janela do quarto aberta, sozinho, fitando a lua e sua imensidão perfeita, no rádio Chico ou Caetano, relembrando, escrevendo e dirigindo as cenas com as quais minha rotina estava sendo composta.
Fazia planos e estudava os takes. O cinema e a literatura sempre me foram úteis.
As soundtracks mais do que darem o tom, se debruçavam sobre meus conteúdos e narravam o antes e o depois em tons documentais tão apaixonadamente contemplativos, que me lembro de perder horas tentando prever o que aconteceria comigo, como se eu já estivesse escrito.
As vezes acho que todos estamos.
Aquestão fundamental do centro e da busca pelo mesmo, se dá na origem de nossas emoções.
Se estamos bem, estamos no centro. Se estamos mal, olhamos com calma e entendemos se estamos a direita ou a esquerda do que somos e pelo que sentimos.
Sobretudo para quem somos.

escutando: No Clear Mind - Alone and Together

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