terça-feira, 31 de maio de 2011

Música e Nostalgia



E tudo se transforma em nostalgia. Sempre ao som daquela uma música especial, nos relembramos - em um misto de saudade e tristeza de alma - dos dias e das experiências que aquelas situações trouxeram para os nossos corações...



terça-feira, 10 de maio de 2011

26 anos e o que pode ser, mas nunca o é...

Vinte e seis anos, para alguns, novo ainda, mas para mim estes dois algarismos trazem consigo um espelho. Eu, como um homem (sempre preferi ser reconhecido como um garoto, mas eu cresci e preciso encarar isso), o que posso ser e ainda não sou:
Não sou o escritor que almejo ser. Busco a conclusão do meu primeiro projeto para poder finalmente dizer para mim mesmo quem eu sou de verdade.
Não encontrei um grande amor. Cada vez que busco a Aninha nos lugares que vou e por onde ando, eu a percebo longe, tornando a plenitude que é senti-la, cada vez mais rara e distante.
Estou mais longe do que jamais tive de quem eu amo. Repeli pessoas e sentimentos do meu coração, só para agora me descobrir profundamente triste e sozinho.
Não fiz ou tive nenhum filme feito por mim, ou para mim. A maioria dos cineastas, escritores, artistas em geral, já a muito se descobriram no seu vigésimo sexto aniversário.
Para hoje tinha programado um vlog especial para abordar alguns temas como a busca por quem somos, enquanto o tic-tac do relógio da vida marca seus ponteiros a sangue e fogo como rugas em nossas mãos cada vez mais cansadas.
Queria filmar trechos da conversa que iria ter com a minha mãe, com o meu pai, com minhas irmãs, meu primo, minha tia... Iria fazer um doc contando como os bens materiais, e a busca por um presente singelo, pode afastar os fantasmas da solidão em um dia como esse, mas por fim, a internet lenta de novo, o limite de 5 GB ultrapassado precocemente no mês de maio e o tempo que insiste em voar me deixaram exatamente onde estou agora, triste, sozinho e incapaz de exorcisar os meus demônios em um vlog que me acolheria em plenitude.
Me resta apenas esperar que os problemas práticos eu resolva ao longo da semana que, espero, me pegue mais ativo – trabalhar anda me cansando horrores, acho que estou me alimentando mal e isso ajuda a não nos sentirmos capazes. E quanto aos problemas que ser quem eu sou aos 26 anos de idade causam para mim, tenho um ano para não continuar o sendo em meu vigésimo sétimo.
Faz 26 anos que escrevo a mesma ladainha, ano após ano em blogs, diários, carteiras de escola, bibliotecas públicas, folhas de caderno. Eu sempre me queixo de não ser nada ainda, e sempre penso que para o próximo, eu hei de me achar.
Quando tinha tempo, não tinha paz...
Quando encontrei paz, me perdi no tempo...
Quando busquei a paz em um outro tempo, me encontrei sozinho e triste demais...
E que comece a contar o relógio do meu vigésimo sexto período, e espero que desta vez eu me baste.