tag:blogger.com,1999:blog-72774064311264857702024-03-05T23:55:25.035-08:00Terceiros Fragmentos..."Nenhuma Criança..."Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-34557975641375571582021-03-17T20:03:00.002-07:002021-03-17T20:03:21.723-07:00Olá escuridão, minha velha amiga...Tenho 35 anos e me esqueci como é viver. Sentir dores era bom. Nunca quis viver entorpecido.
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-72792370848130296092014-04-13T07:48:00.000-07:002014-04-13T11:36:26.760-07:00MelancoliaTem dias que o dia parece acontecer sem a gente.<br />
A passividade da melancolia, este altruísmo inglório, assassina propósitos, mas inspira com uma intensidade motivacional. Pessoas como eu que escrevem sobre coisas, desabam em linhas enquanto o coração busca alternativas para não sucumbir a esta depressão singela da alma.<br />
Nada clínico, a melancolia é estágio esperado do fardo que é ou foi amar; no meu caso foi. Mas não escreveria sobre meus encontros e desencontros no amor, escrever sobre isso não é limpo, amar não o é, eu só escrevo sobre o que vale a pena escrever, e se pelo fardo de amar algo me acende a alma, este algo é a melancolia.<br />
Dizem que o tempo cura, mas o tempo não cura, o tempo afoga, transforma coração em pedra e trinca a porcelana do nosso caráter.<br />
Quebrar-se em mil pedaços é o que cura, porque amar é desculpa para machucar e se machucar.<br />
O processo todo nos transforma em fantasmas que percorrem dias, somos como filmes em preto-e-branco, mas sem a intenção de se-los, queremos ardentemente voltar a ser projeção colorida em tela com sala cheia, mas nos tornamos filmes medianos exibidos para ninguém, um doloroso fracasso de público.<br />
Ninguém aplaude a melancolia.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-small;">Ouvindo: Suede "The 2 of us"</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/b6TKgayucck?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-74150694282429283872014-02-04T14:40:00.003-08:002014-02-04T14:42:35.070-08:00Entrevista - Tribuna de VinhedoFinalmente foi liberada a entrevista que dei para a Tribuna de Vinhedo sobre meu livro "A Grande Ópera".<br />Ela se encontra na íntegra no site da minha editora wolfbook.<br />Meu muito obrigado ao Thiago Alencar e o pessoal da editora pela gentileza com que me conduzem.<br />A quem possa interessar:<br /><br /><a href="http://www.wolfbook.com.br/2014/01/entrevista-com-stenio-fabri-ribeiro/" target="_blank">Entrevista - Tribuna de Vinhedo</a>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-52388667062092106632014-01-11T15:53:00.003-08:002014-01-11T15:53:51.223-08:00A Grande ÓperaÉ com muita alegria que anuncio que foi disponibilizado no site da editora Wolf Book uma prévia em e-book do meu livro "A Grande Ópera", mas precisamente o preâmbulo.<br />
Aos amigos interessados em conhecer um trecho do meu primeiro livro, podem baixar gratuitamente o arquivo em PDF, clicando sobre o ícone comprar e se cadastrando no site. Para estes foi oferecido 50% de desconto quando o projeto finalmente estiver pronto para comercialização.<br />
E também ganhei uma coluna no site para publicar meus rabiscos, algo como uma extensão deste meu blog terceiros fragmentos.<br />
Muito legal esse momento que estou vivendo, e mais legal ainda é ter com quem compartilhar.<br />
<br />
http://www.wolfbook.com.br/loja/Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-36205203613111849992013-12-08T10:32:00.003-08:002013-12-08T11:39:19.064-08:00O grito...Tudo esta gritando tão alto e eu temo tanto pelo meu fim.<br />
As pessoas choram suas derrotas e suas angustias, mas também choram seus sonhos e suas conquistas sempre e na mesma intensidade.<br />
O que há para se fazer que não chorar?<br />
Seguimos por um caminho trágico, nos amputando sempre, frágeis e inconsequentes, enquanto esperamos por um fim que nos redima.<br />
Mas ele nunca vem.<br />
Nos ensinam que ideais são para os fracos, e eu, tão fraco, me canso sempre muito rapidamente de interpretar um papel ditado pela sociedade e me recuso a fazer parte de um mundo fechado em si cheio de pompas capitalistas e de péssimo gosto.<br />
"Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder" e nada muda isso, tampouco nossa boa vontade... Arrisco dizer que sobretudo ela.<br />
Sou uma aberração, um caminho produzido em grama verde que leva para um casarão rústico e de beleza revigorante, mas sem uma mobília sequer, cheio de tristeza e solidão.<br />
Sou como pés descalços a um dia inteiro na areia, sujos, queimados, mas ainda sim cheios de uma estranha vontade de viver.<br />
Este contorno produz arte, e se você acredita em propósitos, ficará muito incomodado em perceber a vida se impondo sobre você, te calando na forma de pessoas que você não sabe se ama ou odeia.<br />
Por isso grito.<br />
E enquanto tiver voz, eu me farei ouvir, mesmo que para poucos, com muitos me achando um idiota prepotente, ou um ignorante perspicaz.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Ouvindo: The National - Slipping Husband</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/3Mq8ATZIvEU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-45052247018389428262013-12-02T17:40:00.004-08:002013-12-02T17:40:55.408-08:00A queda da criança"Ela se atirou tão loucamente pelas nuvens que a faziam fria, porém estranhamente desperta de todo o mau que ousava nascer de dentro de seu cântico inocente, que nem por um momento pensou no fato de que não sabia voar.<br />Mas ela não caia sozinha, a seu lado todos a quem ela ajudou a mutilar os sentidos caíam com ela e por ela, dezenas e centenas de vezes mais rápidos, unicamente porque nasceram afim de representá-la na imensidão vazia de uma última queda.<br />Ela soube enlouquecer a todos com sua voz rouca e seu olhar cristalino, soube cantar a desgraça de cada um dos presentes no teatro mágico, os quais não esperaram pelo fim de suas vidas e quiseram antecipar a viagem final.<br />A queda parecia ser a liberdade em sua forma mais plena e isso a anestesiou do desespero do porvir.<br />Enquanto se esquecia de sua frágil vida, imaginou por instantes como seria seu fim ideal; se se apagaria no instante do impacto profundo de seu corpo contra o solo, ou se cairia para sempre, uma queda pela outra, um infinito de gravidade para nada.<br />Pelo que se soube, todos a quem ela enlouqueceu foram eficientes em caírem primeiro, se chocando rápidos e seguros, compondo arte em se desfazerem como energias puras que eram.<br />Foram tantos suicídios plenos, tantos encontros de matérias, que o solo logo se encheu de mortos, e uma cama de paz e serenidade banhada em sangue se fez lírica e plena esperando o pouso forçado da criança que não conseguia morrer.<br />Ao emergir da cama de maldição, loucura e sobretudo odor pútrido, ela sorriu vermelha, e não teve uma criatura da noite que não comemorou a alegria de salvar-lhe a vida... de morrer por ela uma vez mais."<br /><br /><div style="text-align: right;">
(Trecho de "Por Toda a Eternidade")</div>
<br /><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b>ouvindo: Ludovico Einaudi - Nuvole Bianche</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/CdDDY5nVA3A?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-87342842440144799242013-12-01T17:00:00.001-08:002013-12-01T17:10:26.022-08:00Brainstorm de um domingo a noite...Do casulo ao externo, tudo segue uma trajetória atípica e retilínea.<br />
É atípico porque ser sempre a exceção de uma maldita regra é cansativo...<br />
É belo, porém inquietante. Gosto de pensar em transcendental.<br />
Sempre fui destes que buscam as essências das coisas. E sim, é maldição e benção enxergá-las, sempre e em todos os momentos.<br />
Há quem repara sua busca pelo centro em pequenos fragmentos cotidianos essencialmente perfeitos.<br />
Sou destes.<br />
O entendimento sobre aquilo que eu deveria buscar começou aos 16 anos na beleza lírica de um amor.<br />
As vezes enxergo os dilemas e a poesia dos meus dezesseis anos em outros adolescentes de dezesseis anos e me sinto tanto em seus olhares e atenções que é quase como se sentisse por eles.<br />
São sentimentos tortos, canções e cartas de amor...<br />
Gostava de chegar em casa nas quartas-feiras a noite e fumar com a janela do quarto aberta, sozinho, fitando a lua e sua imensidão perfeita, no rádio Chico ou Caetano, relembrando, escrevendo e dirigindo as cenas com as quais minha rotina estava sendo composta.<br />
Fazia planos e estudava os takes. O cinema e a literatura sempre me foram úteis.<br />
As soundtracks mais do que darem o tom, se debruçavam sobre meus conteúdos e narravam o antes e o depois em tons documentais tão apaixonadamente contemplativos, que me lembro de perder horas tentando prever o que aconteceria comigo, como se eu já estivesse escrito.<br />
As vezes acho que todos estamos.<br />
Aquestão fundamental do centro e da busca pelo mesmo, se dá na origem de nossas emoções.<br />
Se estamos bem, estamos no centro. Se estamos mal, olhamos com calma e entendemos se estamos a direita ou a esquerda do que somos e pelo que sentimos.<br />
Sobretudo para quem somos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b>escutando: No Clear Mind - Alone and Together</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/HlD3lWexO9E?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-48299368796681546212013-10-31T18:09:00.002-07:002013-10-31T18:18:16.503-07:00Trens...<span style="font-size: x-small;">(pensamento redigido em meu celular em uma de minhas tantas viagens cotidianas nestes transportes públicos da vida)</span><br />
<br />
Eu juro que se eu pudesse eu tirava fotos das pessoas do trem. Eu encontro gente de todos os tipos e é sempre tão fascinante!<br />
Tem os "leitores-assíduos", seres que se compenetram tão facilmente em suas leituras que não percebem caras e bocas. Eu sei direitinho quando a passagem do livro de um destes é medonha, quando é engraçada ou quando é trágica. Tem uma aqui na minha frente que meio que se abraçou, e outro dia posso jurar que uma ficou um minuto e meio em silêncio e saiu de luto na baldeação de Francisco Morato.<br />
Vale ressaltar que uma vertente comum deste grupo, são os "ouvintes-assíduos" ou os "escutadores de música", eles são tão complexos, que prometo, qualquer dia desses, um post só sobre eles.<br />
Voltando aos básicos, temos também os "encaradores de olhares", pessoas que te olham olhar para outras pessoas. O difícil é que eu nunca consigo saber se é fascínio ou se é libido o que esse povo tanto olha e procura. Eu me considero um "encarador de olhar" discreto do tipo não libidinoso, mas nem todos são, tem gente que a graça está em te deixar sem jeito, te encarando desconfortavelmente.<br />
E tem também as "estátuas vivas", sempre divertidíssimas! Pessoas que não mudam suas expressões durante toda a viagem, e se o fazem soa repentino, todo mundo assusta. <br />
É o máximo do máximo do máximo se apaixonar no trem... <br />
Eu dificilmente puxo conversa com alguém, porque se o fizesse ia querer facebook e tudo o mais e eu não quero correr o risco de ser mal interpretado.<br />
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b>Ouvindo Electric Wave Bureau - Colours</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/XCZlQlgNR68?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-43419005669735138142013-10-26T15:02:00.003-07:002013-10-26T15:02:35.033-07:00O centroO centro de qualquer ser reside exatamente no ponto para onde se volta quando se está descansado e desarmado.<br />Não existem surpresas quando regressamos ao centro de nossa emoção. É onde gostamos de estar, mesmo que isso resulte em magoarmos pessoas ou anularmos convencionalidades, o que retorna te retoma e não adianta lutar contra isso.<br />Questão de essência.<br />Tenha uma boa noite de sono e dialogue com a pessoa que vai acordar, preguiçosa e desajeitada, dentro de você. Ela te dirá muitas coisas acerca da vida e do que você chama de rotina. Além do que, ela é excelente companhia para monólogos, filmes e música. <br />Racionalizando sobre isso, já atormentado desde meus 16 anos, dei um nome para meu centro, e um nome para meus dois hemisférios, esquerdo e direito. Não me perguntem qual lado é exato e qual é humano, mas o Mike é esquerdo e é mau, um lobo de olhos brancos, triste e revoltado, mas não porque o deseja ser, mas simplesmente porque o é, e não o levem a mal, ele sofre com isso. O centro fica a cargo do Tommy (por causa dos Power Rangers, eu adorava o Tommy) e ele é sábio tanto para domar, escutar o lamento e prender a fera Mike quanto para consolar e brincar com o direito, a sempre enigmática Aninha, que é uma criança personificada em inocência, ternura, melancolia e beleza, tão lírica, que todos meus livros começam com ela, a têm, e terminam com ela.<br />Tommy, Aninha e Mike. Eles estão comigo e me são diariamente.<br />E você, quem acorda com você diariamente e te mostra os prazeres da melancolia?<br />O Tommy que escreveu isso.<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b>Ouvindo Belle and Sebastian - Little Lou, Ugly Jack, Prophet John</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/jdnVyOe1Pvg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-60040521298664597162013-10-11T12:49:00.002-07:002013-10-11T13:14:53.816-07:00Nós, os estranhos...Hoje no trem fui tomado por uma angústia maravilhosa, da qual não abro mão, e me tornei sensível a todos os tipos de som. Abri a mente e meu coração fez-me repousar a visão em pontos específico de um mapa imaginário que corria pela janela do trem e tudo se transformou em uma bela cena de cinema, onde a sombra colorindo a todos os insensíveis a minha volta era a fotografia perfeita e pessoas conversando ao meu lado a mise-en-scène que faltava.<br />
Enfim, pessoas que ouvem "This Will Destroy You" pelos motivos certos e entendem de que geração Thom Yorke é voz, estas nunca aprendem, e estão maravilhosamente amaldiçoadas pela tristeza lírica que é ser o eu se é em um mundo onde as pessoas estão sempre muito ocupadas sendo perfeitas e fazendo sentido, sempre!<br />
Como Amanda Palmer no clássico "Delilah" - we schizos never learn...<br />
Não é que as vezes eu não queira escrever nada, ou não encontre nada que valha a pena ser escrito, é que meu eu artístico se tornou a sublimação de um caos interno, mas atualmente este meu mundo caótico e imaginário se encontra suspenso, já a alguns dias hibernando devido a alegria de dias bons.<br />
Quando uma pessoa nasce para a discórdia, dias de alegria tendem a ser cansativos e as vezes até evitados; algo como um sol que ofusca os olhos e a mente também. Pessoas sorrindo se tornam datadas e falsas, unhas ruídas são exemplares, pessoas introspectivas em transportes públicos apaixonantes e a tradução para um dia de descobertas geralmente é um filme bom e a solidão maravilhosa que é se deixar ser encontrado por ele. Nada de parques, shoppings ou lugares onde pessoas se amam as avessas.<br />
Todos gostamos de dias de alegria, mas eu sei exatamente para onde vou voltar quando toda essa novidade acabar e eu estou ansioso por isso.<br />
Me aguarde Aninha, pois estou voltando.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Ouvindo The Dresden Dolls - Delilah</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/rnnMad3c9y4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="line-height: 17px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-24364743760435302712013-07-14T14:15:00.003-07:002013-07-14T15:06:24.575-07:00O algo marcanteFalo de obsessão.<br />
Quer fazer algo digno? Quer compor sua obra, seja ela qual for, pela ótica de qualquer genialidade? Primeiro dialogue consigo mesmo.<br />
Ache sua obsessão, mas não seja mesquinho em procurar mesmice no tema, obsessão é segredo, obsessão é angustia de carne, força de projeção, é medo e devaneio, é surdez de alma e cegueira de espírito, isso é obsessão.<br />
Se tiver uma, traga-a para perto de si e sirva-a com a melhor coberta da casa, aqueça-a e proteja-a, torne seu melhor amigo e aprenda com ela, deixe-a falar, gritar e se ela quiser te machucar, permita-a. É luxuria acreditar que da sua brutalidade mais íntima, nada lhe marcará à face, ou mesmo o sangue.<br />
Suje-se do prazer pecaminoso de aceitá-la por alguns minutos, cubra-se de vergonha e fique nú perante as suas razões.<br />
Não lute mais, tampouco a mande embora, somente feche os olhos e copie o que está sendo dito, berrado e regurgitado em um caderno de notas. Faça-o, mas faça devagar, sem pressa, arte leva tempo.<br />
O processo todo pode se passar em uma noite, mas acredite, levarão-se dias para ter a coragem de escrever tudo sem alterar uma vírgula e tantos outros dias até conseguir mostrar isso para alguém.<br />
Afinal você estará ali desenhado, frágil e tão nú como quando veio ao mundo.<br />
Ela irá te descrever todo, rir da sua cara e te molestar...<br />
Depois assuma uma postura diante dos seus segredos, assuma que os tem e transforme-se...<br />
Suicide-se em seguida.<br />
Depois vá para a escola, para o trabalho, pegue o trem ou o ônibus, seja feliz ou triste, sorria ou chore, faça o que tenha que fazer, vá para o inferno se for preciso, nada mais importa.<br />
Você transformou o seu algo em algo marcante e foi aniquilado no processo. Nada nunca será como antes.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Ouvindo: Francois De Roubaix - Electropolis </span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://img.youtube.com/vi/_lELabPDpa0/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://youtube.googleapis.com/v/_lELabPDpa0&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://youtube.googleapis.com/v/_lELabPDpa0&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />
<br />
<br />
<br />Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-57329475336557118632013-05-30T10:50:00.002-07:002013-05-30T10:51:46.201-07:00Café preto e amargoHoje no terminal, um pouco depois de descer do trem, já em Jundiaí, um senhor, aparentemente responsável, calvo e de mochilas surradas nas costas, me aborda com educação e me pede, não dinheiro, tampouco comida, apenas que pague pra ele uma passagem de ônibus.<br />Eu não hesito e me prontifico a ajudá-lo. <br />A tempos não sentia compaixão e me pareceu curioso que, em dois momentos distintos de um mesmo dia, estranhos causassem em mim sentimentos tão nobres.<br />O primeiro fora pela manhã, no percurso Franco da Rocha/Mairiporã, subindo no ônibus. Atrás de mim, um homem, na casa de seus 32 anos, pediu uma carona para o motorista que, dando de ombros, desdenhou-o fazendo que não com a cabeça. Sentei em meu lugar querendo muito ajudá-lo, olhei-o por diversas vezes na intenção efetiva de fazê-lo (algo me dizia para pagar a passagem para ele), mas eu também o ignorei e com isto meus sentidos se foram juntamente com o ônibus que seguiu em direção ao destino de sempre. Em poucos minutos perdi o trabalhador de vista e, baixando a cabeça em sinal vazio de respeito e remorso me afoguei no fone de ouvido jurando esquecê-lo.<br />Horas depois, este segundo senhor, desta vez se dirigindo a minha pessoa, me pede passagem. Achei por bem ajudá-lo.<br />Acontece que seu destino ali seria apenas até a rodoviária, ele morava em campinas e a passagem de ônibus urbano seria apenas o primeiro desafio de muitos que ele enfrentaria no caminho de volta para casa.<br />No longo percurso que separou os 100 metros que caminhamos juntos até a catraca de acesso e depois rumo a nossos pontos, ele lembrou meu pai em diversos momentos, minha história e minha família em tantos outros. Ele era chefe de família, veio para Jundiaí a procura de emprego, calculou mal seu saque e dos quinze reais que trouxe consigo, quatorze foram para chegar até o local da entrevista, e um fora para o café mais preto e mais amargo da sua vida (como ele mesmo se referiu).<br />Nos separamos em nossos pontos e nos despedimos. Para o homem eu já era de fato um bom samaritano, mas ele não podia sequer imaginar o que se passava comigo.<br />Não por mim, talvez pela filha de dezesseis anos que ele disse que tinha, ou pela mulher que deveria estar preocupada, talvez pelo homem de manhã que eu e o motorista desdenhamos, ou por todos os terços que meu pai rezou nos anos que a vida lhe obrigou o desemprego e o desespero, corri até sua parada e, aguardando alguns minutos de longe, tentei decifrá-lo para com isso decifrar o que se desmoronava dentro de mim quando, sozinho no ponto, sem mais ousar desdenhar nada e nem ninguém, eu o abordei com uma nota de vinte e pedi, tão somente, que voltasse pra casa.<br />Afinal também eu precisava voltar para a minha.Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-87399804405709793522013-05-26T15:44:00.000-07:002013-05-26T16:32:20.229-07:00O lirismo da maldadeTenho destas questões de alma:<br />
Acredito que pessoas que tenham grande potencial para a bondade são as mesmas com grande e inigualável potencial para a maldade. Afinal de contas, quem disse que somos todos fábricas de um mesmo ideal?<br />
Nada é somente bom ou somente mal, tudo passa por um apanhado de inclinações filosóficas que realmente nos moldam e nos caracterizam heróis e vilões de nosso próprio tempo; e eu não me refiro somente à dualidades em questões de humanidade - isso é trivial e bem sabido - me refiro a certeza que, de certo modo peculiar, pessoas muito boas precisam ser temidas, pois carregam dentro de si um limite quase transcendental em capacidades de não se importarem, de não darem a mínima, bem como, pessoas originalmente más, podem - e devem - ser capazes de feitos verdadeiramente altruístas.<br />
Sou terrivelmente grato pelo bocado escuridão que me faz tatear em vão uma trilha de trevas. Afinal a este devo toda minha revolta com assuntos do coração, meu foda-se religioso e agnóstico, minhas loucas buscas por salvação, mas sobretudo, devo a este demônio particular, todas as minhas descobertas artísticas e minha tentativa, por hora nula, de pleitear imortalidade.<br />
Acho que todos devíamos flertar com nossa histeria, conversar com nossas insanidades, sandices e temperamentos tortos afim de vomitarmos com sabedoria nossos sentidos igualmente tortos, na busca utópica de um lirismo pleno nessa maldade toda.<br />
Eu sinceramente não sei porque tantos temem este contato. Temer a solidão destes momentos é negar um sentido vital, mesmo que em vão, para o fato de porque estamos aqui.<br />
Mas não me entendam mal com todo este teor malicioso. Com este post não defendo atos de violência como formas premeditadas de prejudicar um próximo; não acredito que somos todos psicopatas que aprendemos a nos importar... não! O conceito de maldade aqui expresso, é metafórico e intencionado à reflexão. Penso que a maldade, assim como a loucura e mesmo a bondade, quando natural em jovens mentes pensantes, é um processo válido, um canal digno de busca por repouso e resposta.<br />
Portanto rogo, com pulmões cheios de ar e rebeldia, que ousemos nos sentir tentados, e para pessoas verdadeiramente boas, ou o triste oposto desta perdição, que adentrem o outro lado, mas que o façam com cautela, pois os caminhos a serem trilhados por aqueles que compreendem demais apenas um lado da condição humana são imprevisíveis.<br />
Mas para quem realmente quer chegar a algum lugar e não ser apenas um amontoado de achismos, sugiro esta revisão de conceitos, pois no ódio, na rebeldia e no cale-se moral se escondem páginas nunca dantes lidas de verdades nunca antes exploradas.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">ouvindo: Dresden Dolls "Half Jack"</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cGgsVRk96Qo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-11814714172986671512013-05-19T19:49:00.001-07:002013-05-19T19:49:07.342-07:00Avesso, a questão fundamental da inspiração.Atualmente estou flertando com duas obras. Meu segundo e terceiro livros parecem ser completamente distintos entre si, embora tenham em suas pequenas protagonistas todo um embasamento moral que em muito se correspondem.<br />
"Lili" é de uma magia envolvente. Mesmo negro em concepção e melancólico em análise, este traz consigo uma inocência que triunfa sob o título. A <i>Aninha</i> desta obra é encantadora o que torna tudo leve e fantasticamente real e palatável, chegando quase a se escrever sozinho.<br />
Já em "Avesso", livro este que traz uma abstração pouco convincente do poder a inspiração, o mundo e as questões são subjetivas demais, metafóricas demais, chegando mesmo as vias de incomodar.<br />
E aí reside meu bloqueio.<br />
Estou entre a genialidade do novo e o fracasso do efeito tardio de algo que possa nunca se consolidar. Claro que este medo é aterrorizante, mas também meu coração o é.<br />
A <i>Aninha</i> desta obra é uma heroína de sonhos, feito das inspirações que ela causa nos moradores da pequena cidade de que ela é avessa.<br />
Este mundo em si é atípico, escuro e os seres que ali habitam são hostis e a primeira vista vazios, como os sonhos rápidos das noites de exaustão e pouca plenitude; contudo, a questão central que liga os dois personagens, a Aninha e o garoto que a percebe inspiradora, é uma questão profundamente fundamental em todos nós: O que conecta inspiração e artista?<br />
Quem redige quem e como?<br />
Me sinto pleno diante da singularidade do livro em lidar com as questões do artista que quer somente entender a forma daquilo que aspira, ao mesmo tempo que me sinto imaturo por não conseguir colocar em palavras - e em eventos fictícios - o quanto este questionamento é importante para mim e para o garoto que não sabe sequer porque idealiza as coisas que idealiza.<br />
Como o pequeno colóquio que a máscara redige no prólogo da obra que segue:<br />
<br />
"Não entendemos o pedido de socorro e o desespero de nossas inspirações que gritam e gritam, embora insistamos em escreve-las mudas, tampouco somos capazes de imaginar que portal ou circunstâncias nos dariam respostas convincentes e acesso aos avesso de nossos corações. Só o que podemos esperar é que a arte seja eficiente em nos dar algum sinal sobre o que vai morrer de sede em breve, e pior, diante de nós, de mãos estendidas a um centímetro da fonte de água pura e cristalina. "<br />
<br />
E é por isso que preciso refletir, refletir e refletir; a solidão nessas horas me faz companhia.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">ouvindo: Ozzy Osbourne "Dreamer"</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/vDwsWdcSLBc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-14598525218794175192013-05-05T17:37:00.003-07:002013-05-05T17:37:41.628-07:00Suicídio pleno. <div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Escutando Brian Crain - Dream of Flying</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/THQM52jk0gg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Uma noite sonhei que estava voando...<br />
Foi sentimental e mágico, como a poeira que se levanta na cabana com o fechar de um livro bom, no fim de uma tarde fria de outono, com um sol ineficaz no que diz respeito a esquentar o coração.<br />
O sonho era como estar distante de mim mesmo; eu me via, era o telespectador da minha própria ilusão e o som genial que as árvores e os campos recitavam era de um piano que parecia descrever meus próprios movimentos.<br />
Corria de um lado para o outro neste campo cheio de vida, e meus pés tocavam o solo na mesma intensidade que o vento parecia convidar cada flor, pedaço de mato, planta e árvore a dançar meu compasso original.<br />
Eu era apenas acordes melancólicos. Tudo era tão triste, porém belo, que fez com que meu eu telespectador chorasse convulsivamente ao se lembrar de tudo que só existiu dentro de nós, das crianças que foram desenhadas e destruídas em forma de letras e ideais.<br />
Por toda a minha vida eu esperei por aquele momento e eu sabia que podia voar, que a hora era aquela. Eu só queria transcender, ir além, ir onde nada e nem ninguém pudesse me alcançar, e, de lá do alto, pensar em um jeito doce de morrer para nunca mais ter que pensar em nada, sonhar com nada, esperar por nada... Contudo, dançaria uma última vez, gritaria, pularia e me embriagaria de solidão uma última vez. Queria, por fim, um piano sem tons, tocando apenas o coração do mundo com o silêncio breve da loucura de todo suicida pleno.<br />
E com esse pensamento voei, sem truques de magia, voei apenas porque podia e tinha esperado muito por aquele momento; mas quando estava bem no alto, quase em meu objetivo de anjo, voando tão rápido que podia sentir o vento afogar-se de mim, um campo de força invisível me impediu de continuar e eu fiquei parado, tateando o nada, desesperado.<br />
Só me lembro de pensar que o universo, a lua, Júpiter e Marte, o cometa Halley, o sol e os buracos negros todos, que tudo era mentira, que nunca poderia sair dali.<br />
Que eles mentiram pra mim e que nada nunca foi verdade.<br />
Mas estava em um ponto alto o suficiente para me deixar levar, e quase no fim da minha canção pessoal. Por isso pensei que, mesmo longe da lua, de toda a dança e de toda loucura, eu deveria cair.<br />
Que o fato de não existir nada não seria impedimento para meu último solo.<br />
Me larguei sonhando com o abraço doce e inocente do fim, mas estranhamente nunca consegui que a gravidade me quisesse.<br />
Ela também não me quis, e fiquei pra sempre preso, entre o mundo e o universo, entre o eu telespectador e o eu transcendental entre a vontade de morrer e a realidade da vida, esperando o toque pleno do fim que nunca viria.<br />
Portanto a música nunca parou, as flores nunca cessaram de dançar a música que meu desespero compôs e eu nunca tive a felicidade de uma queda plena para ficar em paz, enfim.<br />
<br />Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-12994516903935509802013-04-12T21:35:00.002-07:002013-04-14T09:06:25.202-07:00Small Talks...Estava reparando em minha rotina e percebi que meus dias já não são mais tão significativos como costumavam ser.<br />
Eu adorava as questões filosóficas que se abriam diante de mim, as escolhas que me obrigavam a repensar meus capítulos reais, ou como histórias iam e viam diante de mim, me pedindo para escrevê-las; vivia sórdidas realidades enquanto esperava insights e epifanias.<br />
Era quase como um prêmio por ser tão tolerante com tudo o que me rodeava.<br />
Agora vivo outras buscas. Passo a maior parte do meu tempo em conduções - trens e afins - e leio Herman Hesse, José Saramago e Clarice Lispector para buscar as verdades que uma realidade pequeno burguesa não pode mais me oferecer.<br />
Mas o fascínio ainda existe e é nas pequenas conversas que percebo que figurantes e farsantes podem ter extremo apelo emocional.<br />
E aqui faço um adendo e ouso me parabenizar pela criatividade em levar as "small talks" a níveis nunca dantes exploradas.<br />
Trabalhar em um banco me coloca em contato com pessoas, e entre um e outro atendimento, como em um trem, entre uma e outra estação, pessoas vem e vão, e muitas vezes - obviamente mais no banco do que em um transporte coletivo - me sinto obrigado a me apresentar, espiar fragmentos de SMS, de conversas alheias, alguma tentativa frustrada em flertar pelo silêncio, ou tentar ver o que as pessoas estão lendo e em que página estão em seus livros e verdades pessoais (não me canso de desvendar as afetuosas e frustradas dos "Tons de cores monocromáticas").<br />
Sou dotado na maestria de fazer perguntas triviais e esperar profundidade nas respostas. E acredite, elas vêem.<br />
Existe magia em encontrar uma pessoa da qual não comungamos nenhuma ideologia e apenas deixá-la se expressar por alguns minutos, sem muito contato visual que é para não deixá-la animada, fadada a monólogos, e esperar que ela denuncie sua essência para você.<br />
Conheci, de velhas namoradeiras a pessoas formidavelmente bizarras, e todas, sem exceção, em algum momento, olham para você, e se neste momento você olhar de volta, se concentrando pra valer, descobre-se até mesmo o que elas pensam sobre Deus.<br />
Minha nova empreitada é causar o horror das entrelinhas, sentando do lado de velhas crentes portando suas verdades em versículos e "esquecer", por alguns minutos - e à vista - meu exemplar de "Deus um delírio" de Richard Dawkins. Quero muito vê-las horrorizadas.<br />
Mas nem tudo são flores e eu lido com os "sem alma" - pessoas as quais detesto. Existe atualmente uma necessidade quase desumana em se comprar amendoins e chicletes nos ônibus, e os celulares estão cada vez mais modernos e mal utilizados pelos funkeiros.<br />
Contudo, minha estratégia em encontrar alguém para decifrar, me leva cada vez mais para fora de mim, e minha busca por encontrar sentido em tudo, afirma os figurantes e os promove a coadjuvantes de minhas idas e vindas do trabalho.<br />
Qualquer dia desses encontro alguém verdadeiramente interessante. E daí, talvez, até ouse me aproximar.<br />
<br />
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<span style="font-size: x-small;"><b>ouvindo REM - "Losing my Religion"</b></span></div>
<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/GymLlltvJOg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-12785404134555913082012-09-27T19:59:00.002-07:002012-09-27T20:00:15.916-07:00#18 Amizade<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/h7Ut9CurBZw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<br /></div>
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A amizade especial que carrego com este irmão de alma é absurda de tão rica, somos e sempre tivemos qualquer coisa muito preciosa em nossas vivências.</div>
<div style="text-align: center;">
Tê-lo encontrado desde muito pequeno é a prova viva de que algumas coisas simplesmente tem que ser.</div>
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Twitter: @sfribeiro03</div>
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<br />Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-13039205955462969832012-08-22T19:47:00.003-07:002012-08-24T17:48:59.490-07:00LuzEsses dias eu acordei e a imagem dela me veio a cabeça.<br />
Não era qualquer imagem, era ela, a mesma dos filmes que busco desesperadamente encontrar, das inspirações que encontro de formas tão variadas e intensas nas músicas que ouço; a mesma que me lê histórias de viver e me pede para sair recontando-as por aí.<br />
Ela apareceu por entre um foco desconcertante de luz e me disse qualquer coisa sobre transcender.<br />
Me pediu para morrer novamente e, assumindo sua versão heroína, explicou porque tinha que ser assim.<br />
<br />
" - Porque essas lanternas? - perguntei curioso.<br />
Ela respirou fundo e buscou se expressar lentamente, como quem não tem pressa, e de fato não tínhamos mesmo para onde ir.<br />
- Para me defender... Existe um mundo de entrelinhas entre aquilo que se cria e o porque de se criar. Um mundo onde uma lógica incontestável se faz presente e é tão fruto da imaginação de alguém, como somos reféns da física e da química nas coisas. Eu não espero que entenda, quero apenas que me ajude. Eu realmente preciso de ajuda agora.<br />
- Mas como? Em que eu posso te ajudar?<br />
Ela andou um pouco, respirou fundo e tentou disfarçar a voz rouca pelo choro de ainda a pouco. O mesmo choro que desafiava a coragem de mulher no corpo frágil da criança.<br />
- Eu estou esquecendo quem eu sou. Antes eu caminhava por essas ruas, e era tão cheia de certezas. Um dia desses eu acordei e simplesmente não sabia mais nada de mim, quem eu era, porque era, onde estava... Andando por aí, comecei a recolher lixos nas ruas na tentativa de encontrar algum sentido em tudo. Nada aqui é somente lixo, tem essa lógica de que te falo. Sei da arte nas coisas, da música em tudo, mas não ando conseguindo sentir mais nada que não solidão e as vezes sinto o avesso do amor; nesses dias, tenho muito medo do fim.<br />
- Do que você está falando?<br />
- Descobre quem eu sou e conta pra mim. Eu conheço aqui como a palma da minha mão, e sei onde está aquilo que está procurando. Eu vi quem pegou...<br />
- O fim da minha história?<br />
- Sim, o fim tão perfeito de que fala. Foi um desses lixeiros do lado de cá que levou, e se me ajudar, eu caço ela pra você.<br />
Tínha um trato com a garota cheia de lanternas e surreal demais, um trato que definiria o rumo da minha jornada.<br />
- Volto amanhã - disse cheio de esperanças.<br />
- Se não acordar, te acerto com a luz de novo. Ela não machuca pessoas como você. "<br />
<br />
(trecho de "Avesso")<br />
<br />
Existe um surrealismo naquilo que proponho como arte, que só faz sentido se eu foco e não perco a luz, jamais.<br />
E quem melhor do que ela para desfilar sobre a escuridão?<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/5EKyhpKTAm0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Ouvindo: Radiohead - "Exit Music (for a film)"</b><br />
<b><br /></b><b><br /></b></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-45705150163366101562012-08-12T16:39:00.003-07:002012-08-13T17:06:28.166-07:00Coisas Belas e SujasAs pessoas crescem e desaparecem.<br />
<div>
Nos anulamos nas fórmulas do cotidiano, nas religiões do medo da morte e nas solidões dos momentos em que desejamos ser capaz de sentir qualquer coisa que não angústia por nós mesmos.</div>
<div>
Sinceramente eu queria ser capaz de amar, de sentir verdadeiramente amor pelas pessoas, pelo mundo, mas existe um manto que me enobrece perante os fatos da vida na mesma intensidade que me distância de uma suposta fórmula de amar.</div>
<div>
Eu sinto amor, por tudo e todos, mas não sou capaz de viver esse sentimento por nada nem por ninguém, preferindo a solidão como companhia perfeita daquilo que me desmente e me desestimula, sendo capaz de me perder em loucuras fáceis de pureza e inocência.</div>
<div>
Eu não sou capaz de viver nada intensamente, nada que não minhas histórias e a arte que eu uso como droga para me aproximar delas... me aproximar delas...</div>
<div>
Eu só aceito o que é belo, essencialmente emblemático, e por mais que a arte se torne relevante nesse hemisfério de pensamento, o turbilhão de pensamentos tortos, a confusão da mente e principalmente as vozes que gritam e brigam para me definir, vão me transformando no velho amargurado de amanhã; o mesmo que agora senta em sua escrivaninha, a alguns dias do fim, e repensa todas as histórias de luz que poderia ter vivido, mas não conseguiu, porque não quis querer.</div>
<div>
Se pelo menos as pessoas fossem essas essências todas, mas nunca o são, sendo frágeis e pequenas em um mistério indecente, quase como um odor tolerável de rosa com carniça.</div>
<div>
E o pior é que não consigo me calar, e grito sempre, o mais alto que posso, para estas mesmas pessoas que me confundem os sentidos, que não consigo fazer nada que não falar de mim, para mim, o tempo todo e para elas ouvirem. </div>
<div>
Somos mesmo coisas belas e sujas.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-small;">Ouvindo: Bright Eyes "The difference in the Shades"</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-small;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/jWCAOMEIyaY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: x-small;"><br /></span></b></div>
Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-60617018873644635322012-07-12T18:34:00.002-07:002012-07-12T18:34:45.898-07:00IntoxicaçãoComo seriam as pessoas se não estivessem todas com intoxicação alimentar? Seríamos mais felizes se nossos tomates fossem orgânicos?<br />
Eu não sei, mas recentemente li que tudo o que comemos, de um certo modo, ataca nosso sistema nervoso central.<br />
O que me fez pensar: será que alguém é realmente puro naquilo que sente? Quantos de nós somos tão somente razões e sensibilidades induzidas por uma péssima alimentação; ou sentidos e lógicas propostos por um total desmazelo com nossa fisiologia?<br />
Nosso sistema nervoso central está um caco.<br />
Hoje trombei com um cara descendo do ônibus, e ele me olhou com sede de vingança.<br />
Não por menos estava obeso, suava excessivamente debaixo dos braços e respirava com certa dificuldade ao se locomover.<br />
"Deve comer coisas horríveis, salgadinhos industrializados, massa e muita, mas muita carne vermelha, só isso para explicar tamanha frustração no coração" - pensei.<br />
Sei que pessoas de bem quase sempre comem coisas do bem.<br />
Eu não me incluo nessa categoria, eu também sinto ódio as vezes, e em instantes morro de pena da pessoa e quem odiei, porque odiar é um sentimento forte e não é digno de ovolactovegetarianos.<br />
Não que eu seja um, regredi um bocado, mas gosto de me imaginar alguém rumo a alcunha de domador sensato de meu hipotálamo (se é que isso é possível) e do meu hábito alimentar.<br />
Será que eu já me apaixonei por alguém porque comi mal?<br />
Ou pior, odiei alguém legal porque não estava em pleno gozo de minhas faculdades mentais?<br />
Alguém alguma vez esteve?<br />
Hoje imaginei um mundo onde as pessoas dissessem oi e fossem sinceras ao perguntar se está tudo bem. Que se aproximassem de você e respeitassem sua liberdade em querer ser quem se é, que não achassem tolo aquele que sente necessidade demasiada de falar de si, como eu, ou ingênuo quem prefere se calar e ouvir mais do que dizer.<br />
Que soubessem apreciar a vida sem a pressa induzida de um mundo que nos força a sermos fast-foods até naquilo que imaginamos de bom pra gente.<br />
Enfim, que trombasse com você e risse porque o contato humano, ainda que acidental, é muito legal e faz rir.<br />
Mas com nossos índices cada vez mais altos de colesterol, gorduras vegetais hidrogenadas acabando com nossos sistemas circulatórios, refrigerantes usando e abusando do sódio é difícil acreditar em um futuro melhor para nós e para nossas crianças.<br />
No mais é esperar que não sejamos vítimas de nossos hábitos tortos, da preguiça da alma, das noites de sono mal dormidas, mas principalmente, da falta de água no corpo e dos molhos de tomates industrializados.<br />
Malditos molhos de tomates industrializados!<br />
<br />
<br />
Ouvindo Bright Eyes - "The First Day of my Life"<br />
<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zwFS69nA-1w?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-size: x-small;">E aqui nasce "Sobre Nada"</span></span>
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<span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-69299142675908352812012-06-11T18:30:00.000-07:002012-06-11T19:25:59.092-07:00Fantasma particularPensando bem, o que fez com que me apaixonasse foi a música.<br />
The National sempre faz isso comigo, e não seria a primeira vez que os caras traduziriam meus sentimentos tortos em acordes melancólicos.<br />
O ônibus lotado, um lugar vago na poltrona estrategicamente posicionada, a chuva fina cobrindo tudo como uma neblina, o banho traduzindo em cores o cheiro de roupa limpa e eu me perdendo nas paisagens bucólicas dos dias que não querem acontecer, era o vislumbre mais que necessário do porvir.<br />
Não foi para me tornar o fantasma de ninguém que eu cheguei até onde cheguei, muito menos de uma estranha no ônibus indo para o trabalho; mas isso foi o mais perto que consegui chegar de ficar longe de mim, e por uma semana, fiquei bobo de amor...<br />
Quando me encostei para sentir o piano solar, esqueci minha vista na janela e foquei-a triste, ouvindo qualquer coisa com o coração, cantarolando com os dedos e unhas roídas uma canção de ninguém.<br />
Tão jovem, tão pura...<br />
Sou daqueles que nunca dizem nada, estudam calados os amores, articulam reviravoltas sutis e trocam suas liberdades e desejos do coração, pelos olhares tortos e passageiros dos passageiros, numa esperança cega e inocente, de se cativar pelo abismo.<br />
Mas não foi o caso da garota em questão, a quem decidi tornar o real concreto, e buscar em "ois" singelos, o cale-se doloroso para um coração que anda se cansando de esperar.<br />
É a solidão pregando peças...<br />
Mas o que vi no reflexo do vidro, não foi apenas um reflexo no vidro: foi reflexo da solidão de alma, da busca desesperada por auto-aceitação, o encontro maravilhoso com meu anjo do passado.<br />
Eu vi a pequena de sempre, a mesma que eu achava que havia perdido assombrada pelo sonho americano, a única que, bela e singular, me acompanhou por incontáveis aventuras madrugadas adentro, ouvindo, sem nunca me julgar por isso, o grito ensurdecedor do meu silêncio.<br />
Ela, e somente ela, eu devo encontrar toda manhã, quando evito o ônibus das 7:54, e troco a realidade sem graça de uma anônima poetiza de imagens refletidas, pelos acordes suaves, de meu fantasma particular.<br />
<br />
<b>Ouvindo: The National - "Lucky You"</b><br />
<b><br /></b><br />
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qGt5pvAiPq4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<b><br /></b>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-52937599268782286082012-05-02T07:30:00.000-07:002012-05-02T08:15:32.751-07:00Pelos amigos que eu tenho, pelos que não tenho e, mais ainda, por aqueles que gostaria de ter... Se eu fosse pensar em uma benção, não divina, mas aleatória, uma dessas que a gente acorda um dia e descobre que tem, eu falaria qualquer coisa sobre meus amigos.<br />
<div>
Vivi vários momentos distintos da vida, entre viagens e rotina, e em todos, sem exceção, eu os encontrei, não como troféus a quem almejo bajular com um post de blog, não isso, mas por que eles se tornaram extensões de mim, e porque, com eles, quase sempre vivi momentos turbulentos, divertidos, mas sempre muito, mas muito profundos.</div>
<div>
Eu os separo em categorias e em momentos que vão de triviais e passageiros, até os mais expressivos e marcantes... Mas todos, sem exceção, me são utéis.</div>
<div>
Eu não saiu, não gosto, sou recluso, anti-social mesmo, mas estranhamente eles vêm até mim, mesmo virtualmente, e quando chegam, sejam por quais momentos, eu sempre descubro qualquer coisa sobre mim estando com eles; e sabe do que mais? É quase sempre como se essas coisas tivessem que acontecer. Como páginas de um livro que eu vou lendo devagar, mas que não é sobre eles, é sobre mim sendo sobre eles...</div>
<div>
Eu sei que a maioria das amizades é assim, e as minhas não se diferem, certo? Errado...</div>
<div>
Esses amigos são mesmo especiais, e nossa, como a soma do todo deles é instigante. Nunca é somente um sambista de esquina, rockeiros de plantão, homossexuais cheios de questionamentos, ateus em discórdia, sonhadoras que escrevem bem pra caralho ou professores de faz-de-contas... Acho que parte do meu dom, é percebê-los assim, diferentes, únicos, transcendentais.</div>
<div>
Dá para se acreditar em alma vendo-os divagar.</div>
<div>
Como filmes em uma prateleira, ou livros em uma estante, eu os coleciono e espero jamais perdê-los.</div>
<div>
E para os que eu consigo destravar o meu lacre de segurança, que não envolve somente o ato de pensar, mas principalmente, o porque de se pensar, eu os atraio para o abismo do meu coração, e qual não é a minha surpresa quando cada um deles, sem ao menos exitar, dá a mão para o outro e pula comigo, over and over again...</div>
<div>
Nunca nenhum deles se recusou a pular comigo.</div>
<div>
Já levei a todos para o negro do meu coração, que a nível de essência, os transforma em personagens singelos da vida, e os afoga nas emoções dos livros que ainda vou escrever...</div>
<div>
E para aqueles que ainda almejo, ou que de certo modo ainda farão parte dessa história, espero encontrá-los em breve, porque eu não me canso de esperar que eles cheguem, dando sentido, cor, forma e brilho a tudo.</div>
<div>
Como uma amiga, que ainda não é amiga, me disse ainda a pouco, mesmo sem saber que me disse: "(...) o relevante mesmo é o sentido que procuramos não fazer (...)"</div>
<div>
And that is for sure!</div>
<div>
<br /></div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ri4-dvfDfAU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<span style="font-size: x-small;"><i>ouvindo: The Bourne Supremacy OST - "Moscow Wind Up"</i></span></div>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-63956646122611975922012-03-31T13:07:00.002-07:002012-03-31T13:13:04.608-07:00Ateísmo, Agnosticismo, Cristianismo... São mesmo os "ismos" que nos definem?<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; text-align: justify;"> </span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; text-align: justify;"> Eu sou agnóstico, e sim, tenho muito orgulho disso, porque é a minha consciência que encontrou uma resposta na simples concepção do não-questionamento e eu me sinto feliz por ter encontrado o meu ponto de vista... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Não gosto de religiões ou da ideia delas. Minha crítica reside no fato do que as pessoas se tornaram: preconceituosas, pequenas em fundamento e mesquinhas, onde muitas vezes o respaldo bíblico fundamentalisa a mente confusa e incita a violência e a discórdia para com os diferentes. E sim, eu me considero diferente, então isso afeta diretamente a mim. </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Mas o que o ateísmo ou o próprio agnosticismo tem se tornado em âmbito virtual, que não uma evangelização da própria negação de crenças? </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O que mais criticamos é o que estamos nos tornando: Testemunhas de "Ajeovás" virtuais. </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> A proposta da discussão nasce do respeito pelas crenças do outro e um convite para conversarmos afim de trocarmos experiências e nos fazermos melhores enquanto seres humanos.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Eu acredito que religião atrofia a mente, e acredito também que um mundo seria melhor se as pessoas soubessem viver seguindo valores morais e éticos, e negassem SIM o que foi escrito em um livro ultrapassado, o qual considero duvidoso e perfeitamente refutável.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Mas este sou eu, e eu não tenho o direito de enfiar nada goela abaixo de ninguém, embora também manifeste o meu pensamento, mas procure fazê-lo sempre de formas respeitáveis e nunca com o intuito de mudar a mente ou o pensamento do outro, mas sim de dialogar para entender as diferenças.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Um mundo sem religiões, segundo a minha concepção de moral, seria muito bom; mas um mundo onde todos pensassem somente como eu, seria um inferno de consciência.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<br />Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-38984358266007896372012-02-24T05:55:00.004-08:002012-02-24T14:37:07.000-08:00Carta de amor...<div style="text-align: left;">
Nos meus 16 anos (tudo começou aí), ou um pouco depois, eu me apaixonei por uma garota que, por um motivo qualquer, me deu uma certa atenção especial sobre um determinado assunto. Aconteceu que eu escrevi uma carta pra ela, que hoje, anos depois, me soou hilária, mas com uma conotação inocente que me fez sorrir de orelha a orelha. Eram bons tempos aqueles, onde eu vivia a incerteza de sentimentos plenos não esperando que nada fizesse sentido. <br />
Acho que nem preciso dizer que eu NUNCA enviei a carta para ela, acho que funcionava só como desabafo mesmo...</div>
<div style="text-align: left;">
E para efeito de eu não me sentir um idiota maior (nem sei mais por onde anda a amada em questão) eu vou chamá-la carinhosamente de Fulana...<br />
Eu escrevi o seguinte:
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
________________________________</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Oi!</div>
<div style="text-align: left;">
Sabe "Fulana", eu sou muito sozinho, e carente também. Não sou o tipo de pessoa – e a isso eu somo toda uma desestrutura familiar – que está acostumada a perceber que alguém possa nutrir algum tipo de afeto, carinho, ou atenção especial por mim. </div>
<div style="text-align: left;">
Sendo assim aconteceu em relação a você o que sempre ocorre comigo quando eu me sinto bem e um pouco amado por alguém... </div>
<div style="text-align: left;">
Antes de ir mais a fundo nisso tudo, eu gostaria de pedir pra que você não leve tudo isso muito a sério (até porque eu já vi esse filme antes e, acredite, ele é bem ruim), e que me desculpe se, por algum infortúnio, eu venha a te magoar; mas o fato é que graças àquela nossa conversa do outro dia (lembra aquela sobre o Peter Pan?), a atenção inadvertida que você tem em relação a mim em alguns momentos e principalmente esse seu jeito doce e carismático de ser; eu me apaixonei pra valer. Sim, eu posso dizer que hoje eu estou apaixonado por você, como já estive por tantas outras garotas em tantas outras ocasiões tão ou quase tão especiais como essa... Mas o fato é que é pra valer.</div>
<div style="text-align: left;">
Já me bastou um oi, um sorriso (que nem sabia ao certo se era pra mim), um questionamento do tipo qual o meu nome, ou mesmo um "jóia" e pronto, um ano de análise... Com alguns amigos, é claro. </div>
<div style="text-align: left;">
Mas não se preocupe, eu sou bem capaz de assassinar este sentimento em mim. Basta algumas boas músicas antes de dormir e um pensamento massivo em histórias e personagens meus, que tudo volta ao normal (eu juro!) e toda essa desestabilidade fica mais estável e por conseguinte aceitável também.</div>
<div style="text-align: left;">
No pior dos cenários, você vira um personagem em algum conto e eu acabo por te matar, em uma metáfora clara do assassinato do sentimento que eu sinto por você.</div>
<div style="text-align: left;">
Não é o que eu quero, nunca é, mas é o que precisa ser feito...</div>
<div style="text-align: left;">
Eu não sou bom com sentimentos e, desculpe a sinceridade, você não parece ser o tipo de garota que olha um garoto com problemas emocionais e diz: “Opa, esse é pra mim”. </div>
<div style="text-align: left;">
Mas esse é o fato: Eu, hoje, estou apaixonado por você, tende a durar pouco, mas aconteceu, e antes de eu colocar em prática o meu lado serial killer de sentimentos, eu gostaria mesmo que você soubesse disso, para saber que é especial e que como eu pode ter alguém te espreitando em pensamentos. </div>
<div style="text-align: left;">
Pronto, não foi assim tão difícil, no mínimo você deve estar pensando: “como esse cara exagera as coisas”, “ que cara estranho”, ou com sorte “QUE LINDO!”, mas esse é o caso e eu só queria que você soubesse logo disso. </div>
<div style="text-align: left;">
Devo dizer que o melhor em uma confissão escrita é não precisar olhar para o rosto da amada, isso realmente é bem reconfortante, e no meu caso em especial MUITO reconfortante, porque existe a possibilidade que depois de você ler isso eu nunca mais te olhe nos olhos; enfim... </div>
<div style="text-align: left;">
Terminei, agora pode falar... </div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<div style="text-align: center;">
________________________________</div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: right;">
<br />
#euri<br />
<br /></div>
</div>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7277406431126485770.post-69650951397155133592012-01-14T04:08:00.000-08:002012-01-14T04:08:42.622-08:00Vacilo<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Eu sinto os desatinos da alma inquieta, da incerteza dos
dias de solidão que me faziam alguém perante os outros. Sinto a angustia de
constatar os erros sobre os erros, mas uma vontade certa de ter na alma
qualquer coisa de incerto.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Sinto
falta daquela solidão da madrugada, do abandono escancarado nos aeroportos e
nas estações de trem, da luz vacilante dos supermercados de ninguém, do vento
frio e do medo constante das previsões do tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Seria
tudo um vacilo? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Estou
eu apenas em processo de exorcismo de caráter? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Eu
fumava os cigarros da tarde e pertencia a noite, me expressava e valia-me de
retrato cada vez que encontrava os olhos daquilo que sempre busquei. Não era
feliz, sempre soube disso, mas sentia a intensidade de querer viver plenamente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> E eu
acho que vivia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Agora
eu decido ficar na pátria amada e não pareço querer me alimentar de nenhuma
história, busco e espero cair na armadilha certa da estabilidade ilusória dos
momentos de paz comprados sempre a força.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Rumo
para a armadilha das minhas ações racionalmente irracionais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> A
questão é, não nos vendemos todos, sempre? Não somos todos - e sempre - filhos do desatino daquilo que acreditamos? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Eu quis
voltar, quis reecontrar tudo, buscar a origem, mas não sei se quero pertencer a
ela. Talvez queira somente, e tão somente, os meses de descanso antes do
retorno a confusão de alma, os transtornos de pensamento, a tristeza da
realidade a que pertencem as minhas histórias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Sou
caótico, exemplo vivo da bagunça de alma, da controvérsia do espírito, da
colheita de emoções pagãs. No meu mundo não existe lugar para a estabilidade,
para o que é organizado e colorido.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Ando
querendo temer estar certo de não pertencer a nada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Ando
querendo me perder na virtude desses pensamentos de caos e trevas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Por
hora vou continuar buscando não ser bem sucedido em nada, que é para poder
tirar um ano para mim, e se no contexto geral dos dias de paz que poderão
triunfar sobre o caos eu não me redimir, é porque pertenço a noite e aprendi de
vez a lição. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #eeeeee; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> Vou-me
se for para ir-me, mas em todo caso, fico, por hora e de agora em diante, até!</span></div>Stêniohttp://www.blogger.com/profile/13227400367883132258noreply@blogger.com0