sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Nós, os estranhos...

Hoje no trem fui tomado por uma angústia maravilhosa, da qual não abro mão, e me tornei sensível a todos os tipos de som. Abri a mente e meu coração fez-me repousar a visão em pontos específico de um mapa imaginário que corria pela janela do trem e tudo se transformou em uma bela cena de cinema, onde a sombra colorindo a todos os insensíveis a minha volta era a fotografia perfeita e pessoas conversando ao meu lado a mise-en-scène que faltava.
Enfim, pessoas que ouvem "This Will Destroy You" pelos motivos certos e entendem de que geração Thom Yorke é voz, estas nunca aprendem, e estão maravilhosamente amaldiçoadas pela tristeza lírica que é ser o eu se é em um mundo onde as pessoas estão sempre muito ocupadas sendo perfeitas e fazendo sentido, sempre!
Como Amanda Palmer no clássico "Delilah" - we schizos never learn...
Não é que as vezes eu não queira escrever nada, ou não encontre nada que valha a pena ser escrito, é que meu eu artístico se tornou a sublimação de um caos interno, mas atualmente este meu mundo caótico e imaginário se encontra suspenso, já a alguns dias hibernando devido a alegria de dias bons.
Quando uma pessoa nasce para a discórdia, dias de alegria tendem a ser cansativos e as vezes até evitados; algo como um sol que ofusca os olhos e a mente também. Pessoas sorrindo se tornam datadas e falsas, unhas ruídas são exemplares, pessoas introspectivas em transportes públicos apaixonantes e a tradução para um dia de descobertas geralmente é um filme bom e a solidão maravilhosa que é se deixar ser encontrado por ele. Nada de parques, shoppings ou lugares onde pessoas se amam as avessas.
Todos gostamos de dias de alegria, mas eu sei exatamente para onde vou voltar quando toda essa novidade acabar e eu estou ansioso por isso.
Me aguarde Aninha, pois estou voltando.

Ouvindo The Dresden Dolls - Delilah


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