Vivi vários momentos distintos da vida, entre viagens e rotina, e em todos, sem exceção, eu os encontrei, não como troféus a quem almejo bajular com um post de blog, não isso, mas por que eles se tornaram extensões de mim, e porque, com eles, quase sempre vivi momentos turbulentos, divertidos, mas sempre muito, mas muito profundos.
Eu os separo em categorias e em momentos que vão de triviais e passageiros, até os mais expressivos e marcantes... Mas todos, sem exceção, me são utéis.
Eu não saiu, não gosto, sou recluso, anti-social mesmo, mas estranhamente eles vêm até mim, mesmo virtualmente, e quando chegam, sejam por quais momentos, eu sempre descubro qualquer coisa sobre mim estando com eles; e sabe do que mais? É quase sempre como se essas coisas tivessem que acontecer. Como páginas de um livro que eu vou lendo devagar, mas que não é sobre eles, é sobre mim sendo sobre eles...
Eu sei que a maioria das amizades é assim, e as minhas não se diferem, certo? Errado...
Esses amigos são mesmo especiais, e nossa, como a soma do todo deles é instigante. Nunca é somente um sambista de esquina, rockeiros de plantão, homossexuais cheios de questionamentos, ateus em discórdia, sonhadoras que escrevem bem pra caralho ou professores de faz-de-contas... Acho que parte do meu dom, é percebê-los assim, diferentes, únicos, transcendentais.
Dá para se acreditar em alma vendo-os divagar.
Como filmes em uma prateleira, ou livros em uma estante, eu os coleciono e espero jamais perdê-los.
E para os que eu consigo destravar o meu lacre de segurança, que não envolve somente o ato de pensar, mas principalmente, o porque de se pensar, eu os atraio para o abismo do meu coração, e qual não é a minha surpresa quando cada um deles, sem ao menos exitar, dá a mão para o outro e pula comigo, over and over again...
Nunca nenhum deles se recusou a pular comigo.
Já levei a todos para o negro do meu coração, que a nível de essência, os transforma em personagens singelos da vida, e os afoga nas emoções dos livros que ainda vou escrever...
E para aqueles que ainda almejo, ou que de certo modo ainda farão parte dessa história, espero encontrá-los em breve, porque eu não me canso de esperar que eles cheguem, dando sentido, cor, forma e brilho a tudo.
Como uma amiga, que ainda não é amiga, me disse ainda a pouco, mesmo sem saber que me disse: "(...) o relevante mesmo é o sentido que procuramos não fazer (...)"
And that is for sure!
ouvindo: The Bourne Supremacy OST - "Moscow Wind Up"